Sistema de proteção contra fogo

Descrição geral – O sistema de proteção contra o fogo subdivide-se em:

Sistema de detecção de superaquecimento e fogo – Este sistema é formado por detetores de calor instalados em pontos de ocorrência mais provável de fogo. Os detetores podem ser locais (sensores que protegem pontos isolados) ou contínuos (sensores em forma de fio, que protegem ao longo de sua extensão), e provocam o acionamento de um alarme sonoro e visual na cabine de comando.

Sistema de extinção de fogo – Este sistema é acionado pelo piloto para combater o fogo.

Normalmente é formado por uma ou mais garrafas com o agente extintor, tubulação, válvulas de controle e aspersores.

A figura abaixo mostra o esquema de instalação típico dentro da nacele de um avião bimotor a pistão.

Utilização dos sistemas – Ao ocorrer aviso de fogo, é necessário seguir os procedimentos recomendados pelo fabricante, incluindo verificações quanto ao falso alarme ou mero superaquecimento.

OBS: Nem todos os aviões têm um sistema de detecção e extinção de fogo. Por exemplo, muitos aviões de treinamento possuem apenas um pequeno extintor portátil.

Combate ao fogo no solo – O fogo no solo ocorre com maior probabilidade durante a partida dos motores. Devem ser usados extintores mais pesados e apropriados a esse fim. A carga extintora deve ser aplicada nos pontos apropriados, por pessoas treinadas. Nos incêndios de maiores proporções, o combate só é possível através de veículos especialmente equipados.

Princípios de combustão – A combustão é uma reação química das substâncias combustíveis com o oxigênio do ar, produzindo calor. Ele pode ocorrer de duas maneiras: com ou sem chama.

Ponto de fulgor e ponto de auto- inflamação – São duas temperaturas importantes a serem consideradas na combustão dos líquidos. No ponto de fulgor, o liquido produz vapores inflamáveis em condições de se inflamar, mas o fogo só ocorre se for provocado por uma chama, faísca ou outra fonte de calor. No ponto de auto-inflamação, o líquido está totalmente vaporizado e se inflama espontaneamente devido à própria temperatura.

Princípio de combate ao fogo – Para que um material possa entrar em combustão, é preciso que existam três fatores: o combustível, o oxigênio e o calor. Para extinguir o fogo, basta eliminar ou isolar um desses fatores. Os dois principais métodos de extinção de fogo são o abafamento e o resfriamento, que estão ilustrados abaixo:

Tipos de incêndio – Os incêndios são divididos em classes:

  • Classe A – Materiais que deixam brasa ou cinza, como a madeira, papel, tecidos, etc.
  • Classe B – Líquidos inflamáveis como a gasolina e o álcool
  • Classe C – Materiais elétricos como fios, isolantes e etc.
  • Classe D – Metais como o magnésio das rodas

Agentes extintores – Os agentes extintores mais usados são:

Água – Apaga por resfriamento incêndio de Classe A. É ocasionalmente usado em alguns extintores portáteis nos aviões e também por veículos de combate a incêndio, na forma de neblina.

Espuma – Apaga por abafamento incêndios em líquidos (Classe B). É corrosiva e ataca metais, mas é utilizada nos veículos de combate ao fogo, devido à grande eficiência nos incêndios em combustíveis, como ocorrem em caso de acidentes aeronáuticos.

Pó químico – Apaga por abafamento incêndios de Classes B e C

Pó seco – Apaga por abafamento incêndios de Classe D

Dióxido de carbono – é recomendado em incêndio elétrico, porque não conduz eletricidade, afastando portanto o perigo de choques. Pode “queimar” a pele devido ao frio excessivo e causar asfixia em recintos fechados, apesar de não ser venenoso. É o agente mais usado nos extintores fixos e portáteis a bordo, embora esteja sendo atualmente substituído por agentes modernos, como o Halon.

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